segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Um pouco de ar

Nunca soube o que é o amor. Verdadeiro, recíproco, sincero e com gosto de chocolate. Esse, sim, um amor que compensa o stress e as complicações de dividir a vida com alguém.

Aos poucos, você está me ensinando que um sorriso sincero com um olhar de cuidado, uma louça lavada depois de uma pizza congelada e um beijo sereno de estalar os lábios dão sentido ao que todos procuram. Sempre procuraram.

O amor sempre foi perseguido, debatido, planejado. Desde sempre o que todos querem é amarem e serem amados. E isso parece fácil. Mas não é. Amar requer esforço, engolir orgulhos e se render ao “inimigo”, que domina sem se saber como nem por quê. “Aquele negócio” que incomoda aqui dentro, que altera os humores em altos e baixos, dá um nó na garganta e uma manha do tamanho do mundo, é, na verdade, a concretização do amor. E esse amor, verdadeiro, sincero e com gosto de chocolate, traz um pouco de ar. Para respirar num mundo que agoniza entre gases venenosos, despejados às toneladas, diariamente, por aqueles que são incapazes de viver de verdade. Com reciprocidade. Com sinceridade. Sentindo o gosto doce de uma vida imersa em chocolate.

Para Ana Pê.

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